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QUANDO EFÉ (2014)

A mineiridade não nos abandona. As peculiaridades de ser daqui afeta até o mais universal dos mineiros. Ser hip hop em Minas tem seus caprichos, e a cosmopolita Belo Horizonte conserva o velho ao se abrir ao novo. Sobre isso trata o espetáculo “Quando efé”, que busca unir a linguagem inovadora das danças urbanas (elemento da cultura Hip Hop) ao que nos faz diferentes de todos os outros: ser de Minas Gerais, com sua história, seus costumes, sua memória, seu progresso, sua tradição voltada para o futuro. 

"Quando efé" is an urban dances performance which seeks to associate Brazilian (mineira) culture and many aspects of our tradition, to Hip Hop culture. Transcending, however, simple thematization, it proposes a reflection on issues such as identity, tradition, innovation, cultural and affective memory, and transculturalism, parting from specificities of mineiridade to promote a universal discussion regarding human values.

Foto: Fernanda Abdo

"Quando efé" é um espetáculo de danças urbanas em que a Cia. Fusion busca, com a linguagem desse tipo de dança (a qual remete à ideia de atualidade, de inovação, uma vez que é um gênero que surgiu na década de 1960 nos Estados Unidos e passou a ser praticado no Brasil somente a partir da década de 1980), fazer uma homenagem à cultura mineira, em seus aspectos mais diversos: das peculiaridades da linguagem dos mineiros (a exemplo da expressão "Quando é fé", que significa "de repente", "até que", inspiração para o título do espetáculo), à cultura musical, religiosa, aos costumes, entre outros aspectos dessa tradição.

Foto: Fernanda Abdo

Trata-se de um esforço de aproximação de manifestações que podem, num primeiro momento, parecer antagônicas, mas que convivem de forma harmoniosa no dia a dia de uma cidade como Belo Horizonte: o hip hop convive com a moda de viola, as danças urbanas convivem com o congado, as batidas eletrônicas convivem com os tambores mineiros. E não há como negar a influência de um sobre o outro, como poderá ser visto neste espetáculo, promotor da memória, da tradição, mas também de uma atualização dessa tradição, de uma renovação das linguagens, de uma tradição voltada para o futuro.  

Assim é "Quando efé", espetáculo que visa a tratar um pouco do lugar em que a Companhia se insere: um lugar de inovação, de divulgação e fomento da cultura urbana, intimamente ligada aos valores da pós-modernidade e da globalização, mas também um lugar de interesse pela tradição, pelo respeito à cultura local e aos nossos antepassados, pelas raízes mineiras. Como afirmou Reinaldo Marques em "Memória literária arquivada" (Aletria, v. 18, 2008), "a memória da nação não se restringe [...] aos documentos escritos. Há que se levar em conta outras formas de inscrição da memória, próprias das tradições orais, ágrafas, em que o arquivo opera por meio das performances tanto verbais quanto corporais dos sujeitos. Cabe destacar aqui a dança, o canto, as teatralizações, as festas e rituais, [...] compondo outras possibilidades de textos, de discursos para o sonho da nação" (p. 107). E é exatamente isso que se está propondo: que se possa, com as danças urbanas, ajudar a construir uma memória viva de Minas Gerais, mas sem se esquecer nunca de nosso lugar pós-moderno, valorizando o passado sem que se esqueça do presente e do futuro.

A montagem de "Quando efé" contou com patrocínio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e do programa O Boticário na Dança, com incentivo da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. 

Histórico de apresentações:

 

- Turnê pela França: apresentações nas cidades de Lille, brest e Quimper (2017);

- Festival IFG - Goiás (2017);

- Circulação BH 120 anos (Belo Horizonte, 2017);

- Congresso de Professores Municipais de São Paulo: 19/10/2016. São Paulo-SP

 

- Sesc Bom Despacho: 04 e 05/10/2017.

 

- VIII Festival de Arte Negra (FAN): 27/11/2015. BH-MG

 

- Fórum Internacional de Dança (FID 20 anos): 13/11/2015. BH-MG

 

- Virada Cultural de Belo Horizonte: 13/09/2015

 

- Festival de Inverno de Bragança Paulista: 24/07/2015

 

- Verão Arte Contemporânea: 06 a 08/02/2015. BH-MG

 

- Circulação 2014:

 

  Araxá-MG: 07/12/2014, no Teatro Municpal de Araxá

  Divinópolis-MG: 22/11/2014, no Teatro Usina Gravatá

  Belo Horizonte-MG: 15 e 16/11/2014, no Centro Cultural        

  Banco do Brasil (CCBB-BH)

  Uberlândia-MG: 08/11/2014, no Teatro Mun. de Uberlândia

  Uberaba-MG: 31/10/2014, no Teatro Sesi Uberaba

  Ipatinga-MG: 25/10/2014, no Teatro Zélia Olguin

 

Ficha técnica:

 

Direção: Leandro Belilo

 

Coreografia: Criação colaborativa

 

Intérpretes: Augusto Rodrigues, Jefferson Siqueira, Jonatas Pitucho, Leandro Belilo, Chris Portes, Wallison Culu e Walmor Calado

 

Trilha Sonora: Matheus Rodrigues e Isadora Rodrigues.

Participação especial: Mestre Negoativo

Concepção e seleção musical: Leandro Belilo

 

Depoimentos (voz off): Prof. Reinaldo Martiniano Marques

 

Produção artística/executiva: Isadora Rodrigues

 

Orientação de Pesquisa: Prof. Reinaldo Martiniano Marques (UFMG)

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