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SOM (2009)

 

Em 2009, a Companhia estreou seu primeiro espetáculo, “Som”, que questionava a forma como a música era tradicionalmente utilizada pelos praticantes de danças urbanas, que, geralmente, se colocavam como “escravos da música”, dominados pela batida e pelo estilo que a música comumente escolhida para uma coreografia de Hip Hop impõe. “Som” propôs, então, uma quebra de paradigmas no que concerne às produções dos grupos de dança de rua, já que procura trazer uma libertação do movimento, fazendo com que a dança deixasse de ser submissa à batida, e sim pudesse dialogar com ela. A Cia. Fusion apresentou o espetáculo “Som” como grupo convidado em diversos festivais do país, como o Meeting Hip Hop Indaiatuba (Indaiatuba-SP, 2009), Verão Arte Contemporânea (Belo Horizonte – 2010), Festival Nacional de Dança de Juiz de Fora (2010), Festidança (São José dos Campos / SP – 2010) e Mostra Cultural de Mariana (2010). A companhia espera remontar o espetáculo em um futuro próximo, entretanto o espetáculo não faz parte do atual repertório.

Foto: Hugo Honorato 

 

Tradicionalmente, a dança e a música estão sempre juntas, a primeira sendo em geral dependente da segunda. No contexto das danças urbanas, essa dependência é ainda mais visível, uma vez que grande parte das coreografias e improvisações é construída a partir da música. O espetáculo Som tem como ponto de partida essa valorização das sonoridades, muitas vezes trabalhando-as dessa mesma forma já tradicional no âmbito das danças urbanas, mas muitas outras subvertendo a ideia da dança oitavada, da dança que se constrói a partir da música. O intuito desse espetáculo é utilizar o som para a dança, casando-os, mas também descasando-os; explorar sons ligados ao movimento hip hop de forma inusitada, e também sons que normalmente não seriam de forma alguma ligados às danças urbanas, para assim mostrar que, quando se trata de arte, não há limites, não há fórmulas. Este trabalho foi concebido para mostrar a dança de rua na sua forma mais pura, mas numa roupagem diferenciada daquela que a consagrou, buscando-se assim trazer para o público toda a versatilidade dessa categoria.

 

Ficha técnica:

 

Direção: Leandro Belilo

 

Coreografia: Criação coletiva

 

Cenário: Leandro Belilo

 

Iluminação: Edimar Pinto

 

Produção executiva: Herivelto Campos

 

Duração: 30 min.

 

Elenco: Augusto Guerra, Eddy Alves, Fabrício Eustáquio, Gladstone Navarro, Jefferson Rodrigo, Leandro Belilo, Thiago Morais, Vick Alves, Wallison Culu.  

Foto: Marco Aurélio Prates

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