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MERÁKI (2013)

Para seu terceiro espetáculo, a Cia. Fusion de Danças Urbanas abriu suas portas para outros artistas, num esforço de busca por novas possibilidades de trabalho (na dança, mas também em áreas como música e fotografia), criando o coletivo Casa Urbana. O resultado dessa interação é o espetáculo “Meráki”, palavra vinda do grego que traduz o espírito deste projeto e significa “fazer algo com alma, criatividade ou amor” e, principalmente, “colocar parte de si em algo que se está a fazer”.   

Foto: Fernanda Abdo

A proposta, aqui, é explorar as Danças Urbanas preocupando-se com conceitos e com a técnica, mas principalmente com a expressão de algo impronunciável, intraduzível em palavras, sendo esta a “parte de si” colocada pela companhia. “Meráki” é dança e sentimento; é música e imagem; é raiz, ancestralidade, e futuro; é essência e novidade; é natureza e urbe; é ousadia e simplicidade; é mistura. É, portanto, um pouco do que somos todos nós.

 

 

O espetáculo trata do que significa ser um ser humano misturado, com os dois pés no Brasil (mais especificamente em Minas Gerais), mas com alma africana e um pouco da cabeça europeia. Se a linguagem das Danças Urbanas remete a uma Arte Negra renovada, já influenciada pelo Ocidente, o espetáculo não deixa de prestar uma homenagem às origens de mãe África, representando uma forte expressão de nossa negritude. O nome do espetáculo, entretanto, vindo do grego, contribui ainda mais para a ideia de mistura trazida pelo espetáculo. Somos África, mas não podemos negar a força do pensamento ocidental (de origem principalmente grega) na Arte Brasileira. Assim, "Meráki" tematiza o passado, o presente e o futuro; as relações humanas (da amizade ao estranhamento, do que é semelhante ao que é diferente em cada um de nós); o questionamento de si, do que significa ser quem somos; bem como as perdas, inerentes à vida. 

Assim como em seus outros espetáculos, em “Meráki” a Cia. Fusion mantém sua busca por uma ressignificação das danças urbanas, visando a atingir públicos diferenciados, realizar trabalhos mais experimentais, passar mensagens mais profundas que a simples virtuose e aproximando as danças urbanas de outras linguagens. A Cia. Fusion busca, assim, fazer jus às inúmeras possibilidades artísticas das danças urbanas, sendo fiel a sua origem, mas sem nunca abrir mão da liberdade criativa, justificando-se, dessa forma, o slogan da companhia: “Danças Urbanas para além dos muros!”  

 

Como referências, a Cia. Fusion utilizou para este espetáculo algumas das principais vertentes das Danças Urbanas, como o House Dance (mais especificamente o Afro-House), o Hip Hop Dance, o Breaking (Rocking) e o Waacking, além de revelar uma forte influência de Danças Africanas.   

Foto: Fernanda Abdo

Histórico do espetáculo:

 

-  VIVADANÇA Festival Internacional - 04/05/2014 (Teatro Carlos Gomes - Vitória-ES). 

 

- VIVADANÇA Festival Internacional  - 02/05/2014 (Teatro Oi Futuro - BH-MG).

 

- II Mostra Benjamin de Oliveira - 24/04/2014 (Teatro Oi Futuro - BH-MG)

 

- VIVADANÇA Festival Internacional Vivadança - 11 e 12/04/2014 (Teatro Vila Velha - Salvador-BA).

 

- Festival de Inverno da UFMG (Diamantina/MG, 2013).


- VII Festival de Arte Negra – FAN 2013 (BH-MG).

 

-  Festival Verão Arte Contemporânea - 01 e 02/02/2014 (Teatro Oi Futuro Klauss Vianna, BH-MG).

Ficha técnica:

 

Direção artística: Leandro Belilo

 

Coreografia: Criação coletiva

 

Elenco: Augusto Guerra, Isadora Rodrigues, Jefferson Siqueira, Johnny Cezar, Jonatas Pitucho, Leandro Belilo, Marcio Lopes, Victor Alves Vick, Wallison Culu

 

Trilha Sonora: Composição de canções originais por Isadora Rodrigues e Montagem por Matheus Rodrigues

 

Cenário: Leandro Belilo e Fernanda Abdo

 

Produção artística/executiva: Isadora Rodrigues

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